UMS GROUP DESENVOLVE PARA A ERO COPPER SHAFT COM 1.500 M, UM DOS MAIS PROFUNDOS DA AMÉRICA DO SUL

Empresa é responsável por toda a engenharia e construção do complexo subterrâneo e disponibiliza ao mercado brasileiro a metodologia de shafts verticais, uma solução para mineradoras que precisam acessar corpos de minérios cada vez mais profundos

O United Mining Services Group (UMS) é um dos poucos especialistas no mundo na metodologia de Vertical Shafts para acessos aos corpos de minérios profundos e recentemente chegou ao Brasil, onde executa um grande projeto, o novo shaft da mineradora canadense Ero Copper em Pilar, na Bahia, que será um dos mais profundos da América do Sul, com 1.500m.

“O novo shaft permitirá que a mineradora transporte por ele 2,2 milhões de toneladas anualmente, além de 800 pessoas todos os dias, agilizando muito a operação, porque atualmente essa movimentação é realizada por caminhões e o percurso por rampas pode demorar quase duas horas”, conta Digby Glover, CEO do UMS Group.

“Nós fizemos toda a engenharia, projetamos não apenas o shaft, mas todo o envelope do complexo subterrâneo inteiro, as galerias, câmera de britagem subterrânea, todo o apoio na superfície para o novo shaft a UMS é responsável por toda esta parte do projeto”, destaca Robert Hull, Group Chief Operating Officer do UMS Group. Além de projeto, construção e comissionamento, o grupo também disponibiliza a reforma dos equipamentos para seus clientes de mineração e processamento.

Robert Hull explica que a empresa sempre faz uma análise completa em cada contrato buscando fornecedores locais e o mesmo ocorreu no projeto com a Ero. “Cada pacote passa por um processo de sourcing global , ou se pode ser feito no Brasil. Se não for, olhamos para o mercado internacional, mas priorizamos o mercado brasileiro e temos vários fornecedores daqui no projeto”, diz Hull.

O novo Shaft da EroBrasil Caraíba é um projeto de desenvolvimento que contará com uma imponente estrutura e representa um importante avanço para a mineradora e toda a comunidade local da região do Vale do Curaçá, na Bahia.

Mais de 60 anos de experiência em minas subterrâneas
Essa é a primeira obra do UMS Group no Brasil, onde está instalado há pouco mais de um ano, contando com um escritório em São Paulo e um Country Manager exclusivo para o mercado brasileiro com larga experiencia em projetos de mineração, o executivo Bruno Paladino.

O UMS Group atualmente tem sede no Reino Unido, mas sua origem e corpo técnico são da África do Sul, país com grande tradição em minas subterrâneas, que podem ter mais de 4 km de profundidade. O grupo reúne a experiência de mais de 60 anos de atuação no mercado e surgiu como uma divisão da Anglo American para o trabalho de shaft sink. Por mais de 50 anos esteve envolvida nos maiores projetos na África do Sul e em outros países ao redor do mundo. Por volta dos anos 2000, a Anglo American decidiu sair desse segmento e vender a empresa, que passou por algumas reestruturações e desde 2015 o grupo possui a formatação atual, com a UMS Shaft Sinkers e a UMS METS.

Digby Glover entrou na empresa como parte do time encarregado da reestruturação. Com uma nova estrutura e gestão, o negócio de shaft sink vem crescendo a cada ano, com novos projetos em execução. Com corpo técnico especializado, que inclui engenheiros de minas e de outras disciplinas e com grande experiência, a empresa desenvolve desde o estudo de viabilidade até a elaboração de projetos e execução. “Isso é exatamente o que nos diferencia, nós não executamos apenas o trabalho que foi projetado por outras empresas, nós estamos envolvidos com a parte da engenharia, projetamos aquilo que implementamos”, ressalta Digby Glover.

Oportunidades no mercado brasileiro
No Brasil, as minas subterrâneas operando ainda são poucas. “Nós vemos isso como uma grande oportunidade para a UMS. Não somente no Brasil, mas em muitas partes do mundo, a mineração tem que ser cada vez mais profunda.  É uma tendência que estamos vendo em outros países. O corpo do minério não pode mais ser acessado pelo método tradicional de open pit.  Então, você aproveita esse open pit e faz o acesso para a parte subterrânea. Nós temos mais de 60 anos de experiência em minas subterrâneas e podemos ajudar muito as mineradoras brasileiras em seus planos de expansão, aumentando seu potencial ao explorar corpos de minérios antes inacessíveis”, explica Digby Glover.

“Não somente no Brasil, mas em todo o mundo, as minerações também estão migrando para a operação subterrânea por questões ambientais e sociais. Uma grande expansão do pit pode aumentar o footprint ambiental da mineradora. Então a migração para a operação subterrânea é uma solução que pode reduzir bastante o impacto ambiental”, ressalta Robert Hull.

“Com esses depósitos de mineração mais simples se exaurindo, a empresa pode ficar sem opção. É aí que a nossa grande experiência em minas subterrâneas faz toda a diferença. A legislação é diferente, a escala da operação também. E se você errar no design e implementação da mina subterrânea, seus custos podem ser muito elevados. É importante ter a certeza de que está contratando as pessoas certas desde o início, para desenvolver o design e garantir a viabilidade do projeto”, diz Digby Glover.

“Existem várias técnicas modernas que aumentaram bastante a produtividade das minas subterrâneas, mas ainda é necessário fazer todo esse estudo com os cálculos exatos para verificar a viabilidade do projeto e iniciá-lo já da forma correta. É aí que a expertise do Grupo UMS conta”, complementa Robert Hull.

“Na operação subterrânea não é importante apenas o projeto do shaft de acesso, mas todo o design da mina.  Diferentemente da mina open pit, onde você minera muito rejeito para chegar no minério principal, na mineração subterrânea você tem que ser bem seletivo e já acessar diretamente o corpo de minério  que você quer minerar,  para evitar a geração de grandes volumes de resíduos,  porque tem um custo maior para retirá-lo do interior da mina. Precisa elaborar um projeto bem assertivo”, detalha Robert Hull.

“Estamos positivos acerca do mercado brasileiro. O nosso objetivo inicial é realizar um bom trabalho na Ero Copper e acreditamos que isso trará novas oportunidades. A mineração brasileira é robusta e tem grande potencial de crescimento. E, como mencionamos antes, parece existir a necessidade de as mineradoras explorarem os corpos de minério mais profundos, e temos muita experiência nessa área. Existem poucas empresas no mundo capazes de projetar e executar shafts tão profundos. Então nosso primeiro objetivo é garantir que executaremos bem o projeto da Ero, mas poderemos ter novos trabalhos no Brasil”, diz Digby.

Novas tecnologias
O UMS tem introduzido continuamente novas tecnologias para mineração subterrânea em seus projetos. “Ao longo dos anos o UMS Group vem sempre estando à frente do que há de mais novo em termos de tecnologia para trabalhos em minas subterrâneas.  Mas gostaria de pontuar nossos três pontos principais.  O primeiro é reduzir bastante o número de pessoas expostas ao risco no shaft, fazendo o máximo possível do trabalho de maneira remota.  O segundo ponto, é que projetamos os processos de modo que nunca existam pessoas trabalhando sob outras, por segurança, e para reduzir a quantidade de pessoas envolvidas. O nível de mecanização é muito maior. Projetamos shafts profundos nos Estados Unidos com cerca de 50 pessoas na operação de shaft sink, enquanto no passado eram centenas fazendo o trabalho manualmente. E o terceiro ponto é em relação à eficiência. Por termos foco em mitigação de riscos, isso reduziu a velocidade no processo de shaft sink. Então agora cada detalhe é analisado com IOT para melhorar a eficiência de todos os processos e podermos aumentar a velocidade do processo de aprofundamento do shaft. Estamos realmente animados com esse trabalho. Em nosso departamento de engenharia, em Johannesburg, conseguimos ver, em tempo real, tudo o que está acontecendo dentro de cada shaft. É uma grande inovação nos projetos de shaft sink”, diz o CEO.

Shafts em hidrelétricas
O UMS Group também executa túneis com construção mecanizada em outras áreas além dos shafts das mineradoras. “Atualmente estamos negociando um projeto em uma grande hidrelétrica na Austrália que necessita de shafts”, conta Digby. Temos outros projetos desse tipo executados em países da África e Europa.

Tempos de ciclos mais curtos
Graças às novas tecnologias, a UMS realizou um projeto piloto em uma mina em Botswana, na África, para reduzir os tempos de ciclos que fazem parte da construção do shaft, permitindo melhorar em vários dias a execução do projeto e, com isso, a entrada em operação, gerando um expressivo retorno financeiro para a mineradora. “Nosso processo inclui muitos ciclos repetitivos, então analisamos eles nos mínimos detalhes, gerando ganhos de 15, 30 segundos, o que for possível por ciclo, de forma que gere uma redução significativa no tempo final de execução do projeto, mantendo sempre e os índices de segurança”, explica o CEO.

A operação subterrânea, pela característica da atividade, requer um foco ainda maior no aspecto da segurança. “Levamos a segurança muito a sério no UMS Group. Se não consegue fazer de maneira segura, não é correto fazer. Temos sempre a segurança como prioridade. O shaft é mais propicio a riscos que o open pit, mas nós temos muita experiência e um time de especialistas trabalhando para que sejam mitigados todos os possíveis riscos e temos índices muito bons. Mas esses resultados não são por acaso. Passam pelo design correto, monitoramento diário de processos, e gerenciamento constante de todos os riscos. Temos muitas metodologias de segurança, saúde e meio ambiente. Considerando todos os projetos, nos últimos dois anos e meio, registramos apenas um acidente com perda de tempo e foi um acidente considerado de menor gravidade. Estamos muito orgulhosos e continuamos trabalhando para garantir que continuaremos alcançando esses bons resultados”, afirma Digby Glover.

O escritório da empresa fica em São Paulo e os contatos podem ser em português através do site da empresa https://umsint.com/contact-us/ ou email info@umsint.com.